Verificações iniciais03/04/2012
1. Verificações iniciais:
Antes de iniciar a descarga, alguns procedimentos são fundamentais para garantir a segurança e qualidade na entrega do combustível:
· Solicite ao motorista a nota fiscal e confirme se os dados são condizentes com o seu pedido (razão social, produto, volume, condição comercial, etc.).
· Ocorrendo qualquer incoerência com relação ao pedido, favor entrar em contato com a Distribuidora. A ALESAT solicita que o caminhão-tanque não seja devolvido sem uma comunicação prévia a Distribuidora. Certifique-se que o boleto bancário (quando pertinente) e o boletim de conformidade estão anexos à nota fiscal.
· Indique ao motorista uma superfície plana para descarga do caminhão-tanque e com iluminação adequada. Por segurança, o caminhão-tanque deverá estacionar sempre de frente para a rua, a fim de facilitar a retirada do veículo em situações de emergência.
· Confirme em qual compartimento está o produto do seu posto / empresa e antes de romper os lacres certifique-se que as bocas de enchimento e descarga estão devidamente lacradas e sem indícios de violação.
· Verifique se a numeração e cor dos lacres descritos na nota fiscal são os mesmos que estão fisicamente dispostos nas bocas do compartimento do caminhão. Ao retirar os lacres, guarde-os para procedimento posterior.
2. Apuração do volume:
· Ao retirar o lacre da boca de cima do caminhão, confira se o combustível está na seta. Qualquer variação de volume deve ser identificada e verificada com a distribuidora antes da descarga.
· Em alguns casos, o combustível poderá chegar abaixo da seta pelos seguintes motivos:
o Passagem de produto para a tubulação do caminhão. Neste caso, deve-se retirar o combustível da tubulação com um balde e colocá-lo no compartimento pela boca de cima, com intuito de chegar até a seta.
o Variação de temperatura. Os combustíveis estão sujeitos a fenômenos físicos e podem sofrer variações em seus volumes, proporcionalmente à variação de temperatura. Desta forma, se ocorre uma elevação da temperatura do produto no período entre o carregamento e a descarga, o volume aumenta no tanque do caminhão e conseqüentemente, quando a temperatura cai o volume também diminui.
· A variação de temperatura é a causa mais freqüente para entregas com combustível abaixo da seta. Para certificar-se que a queda no volume é realmente proveniente desta diferença, existe uma fórmula simples para cálculo. Para cada grau centígrado de variação da temperatura, considerando um volume inicial de 1.000 litros, o volume de cada produto varia de acordo com os seguintes coeficientes de dilatação:
o Gasolina.....................1,2 litros aproximadamente
o Diesel.........................0,9 litros aproximadamente
o AEHC..........................1,1 litros aproximadamente
Multiplique a capacidade do compartimento em m³ pelo coeficiente de dilatação do produto, vezes o total da variação em graus de temperatura no carro tanque.
Ex.:
Capacidade do compartimento 5000 = 5m3
Variação da temperatura (diesel ) = 4 graus centígrados
Coeficiente de dilatação = 0,9
Resultado 5 x 4 x 0,9 = 18 litros.
Para este cálculo é necessário saber qual foi à temperatura de carregamento.
· Não sendo detectado o motivo da falta do produto ou qualquer dúvida sobre o procedimento citado, entre em contato com a Central de Atendimento Fale ou com seu Consultor de Negócios /Assessor Comercial, antes da descarga.
· É importante ressaltar que todos os caminhões que carregam para a ALESAT são aferidos pelo INMETRO e os certificados de aferição podem ser solicitados aos motoristas.
3. Análise de qualidade
· Antes de autorizar a descarga do combustível, certifique que os produtos estão de acordo com as especificações da ANP.
· Abra a boca de descarga do compartimento a ser descarregado e drene de 20 a 40 litros utilizando um balde apropriado.
· Retire uma amostra de cada compartimento do caminhão - tanque e faça a análise considerando as orientações a seguir:
3.1. – Análise para Recebimento de Gasolina:
3.1.1. Material Necessário:
Ø Proveta de 1000 ml;
Ø Proveta de 100 ml;
Ø Termômetro de imersão total do tipo "I" aprovado pelo INMETRO, com escala de -10° C a 50° C e subdivisões de O,2° C ou 0,5° C.
Ø Densímetros para derivados de petróleo, com escala 0,700 a 0,750g/mL e 0,750 a 0,800g/mL;
Ø Reagente: Solução aquosa de cloreto de sódio a 10% (100 g de sal para cada litro de água).
Ø Tabela de conversão de densidade para Gasolina.
3.1.2. – Características e Especificações que devem ser verificadas pelo revendedor na análise da gasolina, conforme Portaria ANP nº 309:
Gasolina
Aspecto
Límpido e isento de impurezas
Cor
De incolor a amarelada*
Densidade
Não determinada – Apenas anotar
Teor Alcoólico
23% +ou- 1**
* A gasolina aditivada é verde e a gasolina Premium é vermelha.
** O percentual de teor alcoólico pode variar de acordo com determinação do Governo Federal
3.1.3. – Verificação de Aspecto Visual e Cor
Ø Retire uma amostra de aproximadamente 01 litro utilizando uma proveta de 1000 ml, limpa e desengordurada. Lave a proveta com parte da amostra, descarte e encha novamente.
Ø Faça uma análise visual do produto, contra a claridade do sol ou da luz, certificando-se que o produto está límpido e isento de impurezas.
Ø Verifique se a coloração da gasolina está dentro da especificação determinada pela ANP que é de incolor a amarelada. A gasolina aditivada ALESAT é verde e a gasolina Premium é vermelha.
3.1.4. – Verificação de Densidade:
Ø Introduzir o termômetro na proveta de 1000 ml com a gasolina.
Ø Imergir o densímetro limpo e seco de forma que flutue livremente sem tocar o fundo e as paredes da proveta.
Ø Caso não seja possível fazer a leitura com o densímetro escolhido, troque pelo densímetro de outra escala, conforme descrito no item 3.1.1.
Ø Aguardar alguns minutos e proceder à leitura do densímetro (visualizar em linha horizontal) e da temperatura da amostra.
Ø Utilizando a tabela de Conversão das Densidades da Gasolina (em anexo), encontre a densidade da gasolina a 20° C.
Ø A ANP não determina especificação para densidade da gasolina a 20° C, mas, determina ;que seja feita a verificação e anotação dos resultados.
3.1.5. – Verificação de Teor Alcoólico na Gasolina
Ø Colocar 50 ml da amostra na proveta de 100 ml com tampa, previamente limpa. Desengordurada e seca.
Ø Adicionar a solução de cloreto de sódio até completar o volume de 100 ml.
Ø Misturar as camadas de água e amostra através de 10 inversões sucessivas da proveta, evitando agitação enérgica.
Ø Deixar a proveta em repouso por 15 minutos, possibilitando a separação completa das duas camadas.
Ø Anotar o aumento da camada aquosa por mililitros.
Ø Cálculo e Resultado: o percentual de álcool na gasolina pode ser facilmente calculado através da fórmula V = (A X 2) + 1, sendo:
V = Percentual em volume de AEAC na gasolina.
A = Aumento da camada aquosa (álcool e água).
Obs.: a leitura na proveta deve estar entre 60,5 e 61,5 ml, considerando a Portaria ANP n° 278 de 10/11/2006.
3.2. – Análise para Recebimento de Óleo Diesel:
3.2.1. – Material Necessário:
Ø Proveta de 1000;
Ø Termômetro de imersão total do tipo “I” aprovado pelo INMETRO, com escala de -10°C a 50°C;
Ø Densímetros para derivados de petróleo, com escala 0,800g/ml a 0,852g/ml e 0,850g/ml;
Ø Tabela de Diesel para conversão de densidade a 20°C.
3.2.2. – Características que devem ser observadas pelo revendedor na Análise do Óleo Diesel, conforme Resolução Nº 15 da ANP
Óleo Diesel Interior
Óleo Diesel Metropolitano
Aspecto
Límpido e isento de impurezas
Cor
Vermelho
Amarelado
Densidade a 20°C
0,820 a 0,880 g/ml
0,820 a 0,865 g/ml
Observações:
· As especificações e características descritas acima permanecem inalteradas quando ocorrem a adição do biodiesel (2%).
· A coloração do Diesel Plus não tem alteração, apesar do aditivo
3.2.3. – Verificação de Aspecto Visual e Cor:
Ø Retire uma amostra de aproximadamente 01 litro utilizando uma proveta de 1000 ml limpa e desengordurada. Lave a proveta com parte da amostra, descarte e encha novamente.
Ø Faça uma análise visual do produto, contra a claridade do sol ou da luz, certificando-se que o produto está límpido e isento de impurezas.
Ø Verifique se a coloração do diesel está de acordo com as características descritas no quadro 3.2.2.
Ø A ANP determina que o diesel metropolitano tenha a Cor ASTM máximo 3.0. Como esta avaliação depende de um equipamento específico não exigido do revendedor, a orientação é fazer a verificação visual e checar se o Diesel Metropolitano está disponível na Resolução ANP Nº15.
3.2.4. Verificação da densidade:
Ø Introduzir o termômetro na proveta de 1000 ml com o diesel.
Ø Imergir o densímetro limpo e seco de forma que flutue livremente sem tocar o fundo e as paredes da proveta.
Ø Caso não seja possível fazer a leitura com o densímetro escolhido, troque pelo densímetro de outra escala, conforme descrito no item 3.2.1.
Ø Aguardar alguns minutos e proceder à leitura do densímetro (verificar em linha horizontal) e da temperatura da amostra.
Ø Utilizando a tabela de Conversão de Densidades para o Diesel (em anexo), encontre a densidade a 20° C que deve estar de acordo com asespecificações da ANP, conforme quadro 3.2.2.
3.3. – Análise para Recebimento de Álcool Etílico Hidratado (AEHC):
3.3.1. Material Necessário
Proveta de 1000 ml;
Termômetro de imersão total, aprovado pelo INMETRO, com escala de -10°C a 50 ° C e subdivisões de 0,2° C ou 0,5° C;
Densímetro para álcool, com escala de 0,750 a 0,800 g/mi e 0,800 a 0,850g/mi;
Tabela de massa específica e teor alcoólico.
3.3.2. – Características e Especificações que devem ser verificadas pelo revendedor na análise do AEHC, conforme Resolução ANP Nº 36:
Álcool Etílico Hidratado
Aspecto
Límpido e Isento de Impurezas
Cor
Incolor
Massa Específica a 20°C
0,805 a 0,811 g/ml
Teor Alcoólico
92,6 a 94,7
3.3.3. – Verificação de Aspecto Visual e Cor
Retire uma amostra de aproximadamente 01 litro utilizando uma proveta de 1000 ml limpa e desengordurada. Lave a proveta com parte da amostra, descarte e encha novamente.
Faça uma análise visual do produto, contra a claridade do sol ou da luz, certificando-se que o produto está límpido e isento de impurezas.
Verifique se a coloração do álcool está de acordo com as características descritas no quadro 3.3.2.
3.3.4. – Verificação de massa específica a 20°C e Teor Alcoólico:
Introduzir o termômetro na proveta de 1000 ml com o álcool.
Imergir o densímetro limpo e seco de forma que flutue livremente sem tocar o fundo e as paredes da proveta.
Caso não seja possível fazer a leitura com o densímetro escolhido, troque pelo densímetro de outra escala, conforme descrito no item 3.3.1.
Aguardar alguns minutos e proceder à leitura do densímetro (visualizar em linha horizontal) e da temperatura da amostra.
Utilizando a tabela de Conversão de Massa Específica do Álcool Hidratado (em anexo), encontre a massa específica a 20° C e o teor alcoólico correspondente, que deve estar de acordo com as especificações da ANP, conforme quadro 3.3.2..
4. – AMOSTRA – TESTEMUNHA E REGISTROS DE QUALIDADE
• Após fazer análise de qualidade, o revendedor deverá guardar uma amostra-testemunha em frasco de vidro escuro, com 01 litro de capacidade, fechado com batoque e tampa plástica, referente a cada compartimento a ser descarregado.
• O vidro de cada amostra-testemunha deverá ser acondicionado em um Envelope de Segurança fornecido pela Distribuidora e entregue ao revendedor pelo motorista no momento da entrega. Os lacres do compartimento do caminhão-tanque, onde foi retirada a respectiva amostra também deverá ser guardado no mesmo Envelope de Segurança.
• O Envelope de Segurança deverá ser lacrado pelo revendedor na presença do motorista. O número / código do Envelope de Segurança deverá ser anotado pelo motorista no canhoto da nota fiscal e conferido por Representante do Posto.
• O motorista da ALESAT não poderá deixar o Envelope de Segurança no posto para procedimento de coleta de amostra posterior. Caso o cliente não queira coletar a amostra-testemunha, o motorista deverá retornar com os Envelopes de Segurança para a Distribuidora.
• No caso de carregamento FOB (frete por conta do cliente), o motorista deverá levar os frascos para coleta de amostra-testemunha até a base. Os Envelopes de Segurança somente serão liberados com a apresentação dos frascos de amostra-testemunha no faturamento.
• A partir da Resolução ANP N° 9 de 07/03/2007 o revendedor não é mais obrigado a coletar amostra-testemunha, portanto, o posto pode optar por não seguir as orientações acima referentes à coleta e acondicionamento da amostra-testemunha no Envelope de Segurança. Porém, nesta mesma resolução, a ANP destaca que o posto que coletar e guardar a amostra-testemunha seguindo o procedimento citado poderá utilizar este instrumento de prova em defesa administrativa ou judicial em situações de fiscalização autuação. A análise da amostra-testemunha deverá ser solicitada pelo revendedor no momento da defesa administrativa, devendo o mesmo apresentar as amostras-testemunha referentes aos dois últimos carregamentos.
• A ALESAT entende que a análise de qualidade e a coleta de amostra-testemunha são fundamentais para a segurança do revendedor e recomenda que todos estes procedimentos sejam seguidos em sua integra.
• Os Registros de Análise de Qualidade correspondentes ao recebimento de combustível dos últimos seis meses deverão ser obrigatoriamente, mantidos nas dependências do Posto Revendedor.
• O Revendedor Varejista não também obrigado a manter, nas dependências do Posto Revendedor, o Boletim de Conformidade expedido pelo Distribuidor do qual adquiriu o combustível, referente ao recebimento nos últimos seis meses.
• É fundamental que tenha sempre no posto um funcionário capacitado para fazer análise de qualidade, já que a ANP determina que o revendedor deva atender a qualquer solicitação de consumidor de verificação de conformidade dos combustíveis, através da realização dos testes citados no item 3.
5. – DESCARGA DO CAMINHÃO-TANQUE
• Antes de iniciar a descarga, verifique se o motorista seguiu os procedimentos obrigatórios de Segurança: aterrar o veículo e isolar a área utilizando cones, cordas, extintores e placas de sinalização com os dizeres "Perigo. Afaste-sei".
• Certifique-se que não há fontes de ignição nas imediações, nem fumantes. O caminhão deve estar engrenado, com a chave geral desligada e freio de mão acionado.
• A boca superior do caminhão - tanque deverá ser aberto para facilitar melhor escoamento do produto.
• Mantenham em seu posto duas rampas portáteis de madeira para que o motorista suba com os pneus dianteiros do caminhão - tanque sobre elas para facilitar o escoamento total do produto em situações em que o caminhão tenha a descarga traseira.
• Abra a boca do tanque do posto referente ao produto que será descarregado e indique para o motorista. Certifique-se que a descarga será feita no tanque certo para evitar contaminações. A ALESAT orienta aos seus motoristas a não abrir a boca de descarga dos tanques dos postos, justamente para evitar descargas erradas.
• A descarga deverá ser feita preferencialmente com o sistema selado. Engate rápido e joelho conectando o caminhão tanque ao tanque recebedor.
• Caso a descarga seja convencional, o motorista deverá providenciar a cobertura da boca do tanque recebedor com lona para evitar o espargimento dos gases gerados pela queda livre do produto no tanque.
• Durante todo o processo de descarga o motorista deve ficar próximo ao caminhão-tanque e estar sempre atento à operação.
• Após o término da descarga, faça uma drenagem dos compartimentos através das bocas de descarga com um balde de alumínio. Verifique se os fechos rápidos e as válvulas de fundo estão abertos.
• Suba no caminhão e cheque os compartimentos certificando-se que o produto fora totalmente descarregado. E fundamental que esta verificação seja feita com o caminhão em local piano e iluminado.
• O motorista deverá retirar o mangote de descarga providenciando seu escorrimento no tanque recebedor ou em um balde de alumínio.
• Após devolver o canhoto assinado ao motorista e certificar-se que todos os procedimentos de descarga foram seguidos corretamente, o motorista deverá ser liberado. E fundamental que, qualquer situação irregular ou dúvida seja comunicada a Distribuidora, enquanto o motorista ainda estiver no posto.